A perenidade das soluções de um determinado exercício arquitectónico pode ser considerada consequência da pertinência com a qual se concebe o projecto, colocando as questões essenciais no estirador e desenhando com um sentido de gravidade, tendo consciência das suas implicações construtivas, por isso não se tornará produtivo nem enriquecedor acreditar que a “Arquitectura sustentável” é o novo paradigma arquitectónico.
Dever-se-á considerar que as questões “sustentáveis” são elementos presentes num projecto de um determinado edifício, seja ele uma casa ou uma torre de escritórios que terão que ser obviamente considerados, mas o que se deve procurar é realizar Arquitectura sem haver uma obsessão com a sua adjectivação, deixando assim de lado questões que prejudiquem a pertinência da proposta, porque a própria definição de Arquitectura foi sempre difícil de levar cabo e de forma consensual para a comunidade dos arquitectos. A sustentabilidade na arquitectura remete-se assim para o seu papel de componente de uma materialização de um pensamento, que deve ser manuseada correcta e de forma pertinente.