Atualmente fala-se muito na reabilitação do património edificado, e temos visto alguns exemplos dessa reabilitação, que do nosso ponto de vista, não o foram, ou estão a ser realizados da forma menos correta, com práticas que não podem ser consideradas numa boa reabilitação. Na nossa perspetiva, a reabilitação de um imóvel deve preservar ao máximo todos os materiais e opções construtivas que foram usadas na altura em que o mesmo foi construído. Por isso, as soluções que envolvem uma demolição total ou quase total desse património, sem que tal seja efetivamente necessário, para depois aplicar soluções construtivas modernas, não pode ser considerada uma verdadeira solução de reabilitação.
Sabemos que no mercado não é assim tão fácil encontrar executantes verdadeiramente especializados numa correta reabilitação, mas não é por isso que devemos deixar distorcer a reabilitação desse património edificado. Sabemos que infelizmente existem edifícios em péssimo estado de conservação, e que a preservação dos mesmos se torna uma tarefa complexa ou impossível. Felizmente tem existido algum debate acerca desta temática, o que permite ter esperança de que a boa reabilitação poderá prevalecer sobre a menos boa. Conforme está o mercado atual da construção nova, é promissor que os executantes comecem a especializar-se cada vez mais na reabilitação. Compete-nos a todos, saber que essa não pode ser efetuada de modo selvagem, e que a devemos conduzir para os caminhos certos. Será um caminho longo a percorrer, mas que no fim será recompensador. Não queremos contudo dizer que algumas técnicas e materiais de construção modernos, não possam ser introduzidos ou até substituir os existentes. Terá de existir um equilíbrio, de forma a preservar o edificado e a torná-lo atrativo para os investidores e utilizadores finais. Não podemos pretender partir de um edifício com um estilo de construção à época em que foi edificado, e chegar a um edifício com todas as opções construtivas modernas e vantagens associadas. Temos de saber que os materiais antigos nem por isso têm comportamentos piores do que os materiais mais modernos em determinadas áreas. Os investidores/promotores estão à espera que lhes apresentem soluções viáveis e para isso, a reabilitação deve preservar ao máximo o edificado, introduzindo soluções novas/modernas no que for necessário e essencial, de forma a tornar o investimento equilibrado e aceitável para esse património ser colocado no mercado em condições de utilização. De que adianta “pegar” em património edificado para reabilitar, reabilitá-lo com soluções ambiciosas (que nem sempre serão as melhores opções), que conduzem a valores de reabilitação elevados, que depois não permitem apresentar valores de utilização razoáveis e com mercado (de compra ou arrendamento). Sendo assim, iremos assistir a promotores/investidores a ficarem insatisfeitos e a não investirem mais um “tostão” em reabilitação e depois iremos ficar com prédios reabilitados e sem utilizadores, ou seja, vamos ficar com património reabilitado mas vazio, o que de per si irá levar a outra situação problemática. Se esse património não for utilizado/rentabilizado, não vai deixar por isso de precisar de obras de conservação enquanto estiver vazio. Em termos analógicos podemos fazer a comparação com os automóveis. Não é por um automóvel estar parado que não se degrada e que não precisa de efetuar a respetiva manutenção. Pelo contrário, até existem peças que se degradam mais depressa do que se o mesmo estivesse a circular. Daí ser importante que a reabilitação seja ponderada, analisando as diversas variáveis que a mesma envolve e o mercado alvo que pretende atingir. A KonsulIMO [A Construir Consigo] com os seus técnicos especializados irá encontrar consigo as soluções mais adequadas de forma a tornar o seu investimento rentável. Peça-nos já um orçamento e comprove a qualidade dos nossos serviços.
