A água da chuva foi um recurso que teve um papel muito importante até ao século XIX, altura em que surgiu a água pública canalizada, remetendo o aproveitamento das águas pluviais para situações muito especiais. Actualmente, devido a preocupações ambientais, económicas e sociais a população mundial regressa pouco a pouco às origens e no Norte da Europa, uma região que dispõe dos dispositivos mais avançados de canalização e tratamento de água e que voltou a atribuir grande importância à recolha das águas pluviais, como é o exemplo da Alemanha, existem já milhares de habitações que usufruem deste tipo de equipamentos.
Recorrer ao aproveitamento das águas pluviais para uso dos edifícios é uma medida que possui vantagens convincentes, tais como o facto de se tratar de uma água extremamente limpa em comparação com outras fontes de água doce disponíveis, bem como se tratar de um recurso gratuito e independente dos serviços de abastecimento de água pagos e a infra-estrutura necessária para a captação e distribuição de água é realizada de forma simples.
A água aproveitada responde a todos os usos domésticos excepto o do consumo humano caso não se apliquem sistemas de limpeza e depuração, embora antes de existir água canalizada não houvesse qualquer inconveniente, actualmente existem normas restritivas quanto a essas acções, mesmo assim recorrendo a sistemas de aproveitamento de águas pluviais pode-se poupar tanto na factura de água como no impacto causado ao meio ambiente. A água aproveitada, depois de utilizada pode ser tratada através de mecanismos próprios para ser reutilizada ou então pode ser encaminhada para a rede pública de tratamento de água. Trata-se portanto de uma solução a ter em conta em qualquer projecto de arquitectura dada a sua qualidade ambiental e económica.
Trata-se de uma consideração que possui uma grande validade dada a sua pertinência pois à medida que o tempo passa, a população mundial aumenta assim como a poluição e a água doce tende a escassear dadas estas condicionantes. Sendo assim é de todo o interesse incorporar sistemas de aproveitamento de águas, assim como de outros recursos, de forma a diminuir não só a factura da água utilizada pelas famílias ao fim do mês, mas também o gasto excessivo de água doce por parte destas.
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